Para esses tipos de papéis, a refinação exige cuidados especiais para que sejam mantidas as fibras alongadas, tratadas com menos impacto.
Indústria do Papel
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Categorias e Características.
Parte I
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Quem não conhece detalhadamente uma empresa de papel e suas diversas categorias, pode não saber que, para cada aplicação, existe um produto e um processo de refino diferenciado sobre a fibra da matéria prima para se atingir o resultado esperado.
E será justamente sobre essas categorias da indústria do papel e suas características que iremos falar nas próximas matérias do blog.
Breve História do papel
Desde os tempos mais remotos, o homem tem a necessidade de deixar seu registro através de representação gráfica sobre seu dia a dia, raciocínio e impressões do mundo que o cerca.
Utilizava inicialmente, os mais diversos tipos de materiais e superfícies que a Natureza oferecia para isso: paredes de cavernas, pedras, ossos, couro de animais, folhas de plantas.
A palavra papel vem do latim papyrus e faz referencia à planta do papiro, comum nas margens do Nilo no antigo Egito e cujas fibras eram utilizadas para a fabricação de cordas, barcos e as folhas, usado para a escrita.
Por volta de 105 d.C, na China, o papel seria inventado por T’sai Lun. Ele fez uma mistura umedecida de casca de amoreira, cânhamo, restos de roupas, e outros produtos que contivesse fonte de fibras vegetais. Bateu a massa até formar uma pasta, peneirou-a e obteve uma fina camada que foi deixada para secar ao sol. Depois de seca, a folha de papel estava pronta.
Desde então, o invento influencia a vida de bilhões de pessoas. A tecnologia refinou seus usos e, hoje, estão classificados em diferentes categorias. Atualmente, a maior parte dos papéis (95%) é feita a partir do tronco de árvores cultivadas, sendo o eucalipto é a espécie mais utilizada, por seu rápido crescimento.
Dependendo da aplicação, esses papéis necessitam de determinadas características, como resistência a dobras, água, luz e calor. Ou, então, precisam de rigidez flexão ou de permeabilidade a graxas e vapor d’água, entre outros pontos.
Basicamente, o que determina essas características é o tipo de tratamento dado à fibra e, posteriormente, os materiais associados para que cada papel seja produzido de acordo com a sua aplicação. A madeira é processada, formando uma pasta celulósica e, na sequencia, ela pode sofrer processo de clareamento, impregnação ou revestimento (com outras substâncias como plástico, parafina, etc) de acordo com o papel que se deseja obter.
Principais Tipos de Papel para Escrita ou Impressão
Papel Offset: Papel de impressão, com ou sem revestimento. Tem boa colagem interna e superficial e gramatura específica para o processo Offset, que exige elevada rigidez e resistência, inclusive à água e à umidade.
Papel couché: Indicado para trabalhos de alta qualidade gráfica, como rótulos de embalagens, revistas, folhetos e encartes. É produzido, normalmente, a partir do papel de imprimir, mediante a aplicação de tinta, podendo receber acabamento brilhante ou texturizado.
Papel jornal ou papel imprensa: Destina-se à impressão de jornais, periódicos, revistas, listas telefônicas, suplementos e encartes promocionais.
Papel LWC (Light Weight Coated): É o mais usado na produção catálogos e revistas.
Papel monolúcido: Sua principal utilidade é na impressão de sacolas, rótulos, etiquetas e laminados.
Papel apergaminhado: Indicado para escrever. Opaco e liso por igual nas duas faces é usado normalmente para correspondências e para produzir cadernos escolares, envelopes e folhas almaço.
Papel Super Bond: Semelhante ao apergaminhado, mas em cores.
Cartolina para impressos: Usado para impressos, pastas para arquivos e cartões de visita.
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