Em pleno século XXI, não podemos mais pensar em desenvolvimento e inovação no setor corporativo sem incluir tecnologias emergentes.
Aliás, inovar no mundo dos negócios seja em produtos, serviços ou processos, implica em utilizar como recurso imprescindível novas tecnologias que permitam não apenas a modernização de conceitos e produtos oferecidos, mas também um melhor aproveitamento dos recursos da empresa para gerar maior produtividade com menor custo.
As empresas que hoje deixam de investir em avanços tecnológicos correm sérios riscos de perderem valor de mercado em detrimento de empresas que investem nesse recurso. Muitas das tecnologias que estão sendo desenvolvidas e implantadas hoje terão grande impacto econômico para os próximos 10 anos. São as chamadas tecnologias emergentes e, se a sua empresa não está se preparando para utilizar alguma delas, então está correndo sério risco de ficar de fora dessa economia do futuro.
Mas… O Que São Tecnologias Emergentes e Quais Seus Objetivos?
Tecnologias emergentes são todas aquelas que têm o potencial para criar ou transformar o ambiente de negócios nos próximos 5 a 10 anos com inovações técnicas, dentro de uma perspectiva de estratégia de mercado, gerando entre outras coisas vantagens competitivas e processos de mudanças em todos os aspectos relacionados à nossa vida.
Basicamente, são tecnologias aplicadas ao desenvolvimento que visam desde uma melhor utilização dos recursos naturais até um maior desenvolvimento de soluções para o mundo de maneira geral, melhor produtividade, menos impacto ambiental, social e maior sustentabilidade.
Algumas dessas tecnologias já estão sendo aplicadas de maneira prática em nosso dia a dia e já transformaram a nossa realidade:
- Os aplicativos de transporte e geolocalização.
- Realidade aumentada ou virtual, fundindo o mundo real com o virtual. O jogo de caça ao Pokémon é um grande exemplo dessa interação.
- Ferramentas de pesquisa possibilitando a busca de imagens e dados.
- Basta focar a câmera do seu celular para algum lugar ou objeto para se obter informações detalhadas na tela do seu aparelho.
- A impressão 3D, que permite a impressão de quase qualquer projeto realizado em computador, interferindo consideravelmente nos processos de produção e consumo de bens.
- Big Data, a maior quantidade, em massa de dados coletados, a que podemos ter acesso para ajudar a melhorar desde diagnósticos médicos até campanhas de marketing.
Todas essas tecnologias e alguns outros exemplos como a Biotecnologia, Nanotecnologia, Drones, IoT (internet das coisas), Cleantechs e Smart Cities (produzem produtos ou serviços que reduzem os impactos ambientais negativos), já são empregadas em diversos setores industriais não apenas para alavancar o desenvolvimento financeiro de empresas mas também de cidades e/ou regiões num contexto macro de negócios.
Os Desafios das Tecnologias Emergentes na Indústria de Papel e Celulose
As tecnologias emergentes têm como característica moldar novos conceitos de processos e produtos para o futuro provocando a reestruturação dos padrões industriais e transformando muitas áreas, gerando a possibilidade de formação de novos marcos regulatórios ou ainda novos modelos de negócios.
É claro que no setor de papel e celulose essas transformações já estão acontecendo de forma significativa no processo de implantação de novas plantas e reestruturação das atuais, evidenciando uma trajetória nova para todo o setor industrial.
O grande desafio ainda é garantir uma maior produtividade com menos consumo de energia elétrica: a produção de papel e celulose é responsável pelo consumo de quase 12% da energia de todo o setor industrial brasileiro. Portanto, o uso de tecnologias emergentes para atingir um adequado nível de eficiência energética com maior produtividade é altamente relevante.
Mas não é só isso. Levando em consideração o custo e tempo que uma empresa necessita para implantação até o start-up das máquinas, essas tecnologias vêm de encontro às suas necessidades de planejamento, na redução de custos operacionais, possibilitar recursos que permitam elaborar o manejo das espécies de rápido crescimento e alta produtividade, controle de pragas, menor impacto ambiental e social além de uso eficiente da água com menor custo.
O desenvolvimento de espécies geneticamente modificadas através da biotecnologia, o uso de tecnologias de geolocalização aplicadas para controle de pragas ou análise das variações climáticas para evitar perdas, a utilização de drones para mapeamento de áreas e viabilização de uma rede de comunicação mais abrangente para coleta de dados, gestão operacional e controle para tomada de decisões são algumas das muitas aplicações que propiciam ao setor.
As mesmas tecnologias oferecem ainda outros recursos à indústria, como o rastreamento de resíduos sólidos, sua utilização de maneira mais eficiente com o reaproveitamento e a otimização dos extrativos produzidos em todo o processo.
A lignina é um bom exemplo. Além de combustível para caldeira, hoje já é utilizada em laboratórios de nanotecnologia para produção de derivados aplicáveis às indústrias alimentícia e farmacêutica.
Portanto, pensar em desenvolvimento e planejamento estratégico hoje, significa pensar também na utilização de tecnologias emergentes para garantir seu espaço no mundo corporativo para as próximas décadas. Engana-se quem pensa que terá tempo de desenvolver isso no médio ou longo prazo.
O futuro não é mais amanhã. O futuro é já!
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