A Indústria 4.0 e O Setor de Papel e Celulose

by | 18, Jan, 19 | Ambientalismo, Indústria 4.0, Tecnologias Emergentes | 0 comments


Parte II: Responsabilidade Social e Ambiental



…a Indústria 4.0 trouxe não só a revolução digital, mas também a revolução humana…


Na indústria 4.0, o processo de modernização das empresas, investimento crescente em infraestrutura, a busca de maior produtividade com menor custo, aquisição de máquinas e tecnologias demandam também políticas de bem estar, compromisso com a comunidade, funcionários, meio ambiente e sociedade em geral.

O setor de papel e celulose cresceu e com ele a necessidade de adequar a esse crescimento, o fator humano e ambiental, acompanhando todas as evoluções digitais e comerciais dos tempos modernos ao mesmo tempo que atua na preservação do meio ambiente e promove qualidade de vida aos envolvidos.


O fator social humano envolvido na nova mentalidade da Indústria 4.0: ações de ajuda, conscientização, inserção social, sustentabilidade e saúde.

Geralmente instaladas em regiões precárias, as fábricas de celulose e papel quando em atividade, levam não só infraestrutura a esses locais como também maior desenvolvimento e oportunidades de crescimento social e econômico a comunidade. Muitas vezes, uma região inteira evolui (social, comercial e economicamente) em função da instalação e atuação da fábrica.

No Brasil, a indústria de papel, celulose e embalagens proporciona 177,3 mil empregos diretos ou indiretos em todo o país, com o equivalente a R$ 6,2 bilhões de salários pagos ¹.


Sob o ponto de vista ambiental, umas das principais preocupações do setor é o equilíbrio entre área de produção e reservas naturais, para preservação da fauna e da flora.


Outra grande preocupação é a produção e o destino dado aos resíduos de todo o processo, incluindo a emissão de gases na atmosfera. Dentro desses parâmetros ², a indústria de papel e celulose tem cumprido seu objetivo com louvor.

Classificada dentro das 100 maiores indústrias com participação de emissão de carbono na atmosfera, com números em torno dos 21 milhões de toneladas, a indústria de papel, através de suas plantações, é capaz de promover o sequestro de carbono emitido e ainda garantir um superávit desses números contribuindo para o combate do efeito estufa.


Uma floresta de pinus e eucalipto plantada para a produção da celulose é capaz de remover da atmosfera 64 milhões de toneladas de CO2, ou seja, 3 vezes mais o que ela produz ³.

No Brasil hoje, 100% da produção de papel e celulose emprega matéria prima de florestas plantadas, o que significa não só crédito de carbono para o setor como também um combate ao desmatamento de madeiras nativas, preservando o ecossistema local, com o menor impacto ambiental possível.

Há ainda o fator social humano envolvido na nova mentalidade da Indústria 4.0, com ações de ajuda, conscientização, inserção, sustentabilidade e saúde. Muitas empresas do setor patrocinam projetos sociais que permitem não só uma nova oportunidade de erradicação da pobreza como uma melhor qualidade de vida aos beneficiados com essas ações, assunto esse a ser mostrado em nova matéria do nosso blog, sobre iniciativas patrocinadas por empresas do setor ou de ONGs que utilizam resíduos da indústria de papel ou madeira, criando um novo ciclo virtuoso de utilização deste material.


Definitivamente, a Indústria 4.0 trouxe não só a revolução digital, mas também a revolução humana, onde o compromisso do setor com as ações sociais e a responsabilidade de preservação ambiental já se mostram como características distintas desse universo corporativo atual.


Notas:
¹ Dados de 2016 – Revisão Abril 2017 – Fonte: FIEP, Federação das Industrias do Estado do Paraná.
² De acordo com o Protocolo de Kyoto, tratado firmado entre os países integrantes da ONU com o objetivo de se reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa e o consequente aquecimento global, os países desenvolvidos têm de tomar algumas medidas para atingir as metas de redução de gases, entre elas: a promoção de práticas sustentáveis de manejo florestal, florestamento e reflorestamento, pesquisa, promoção, desenvolvimento e aumento do uso de formas novas e renováveis de energia; promoção e pesquisa de tecnologias de sequestro de dióxido de carbono.
³ Fonte: Central Florestal 2015.


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