Ações Sociais e Sustentáveis da Indústria de Papel para o Meio Ambiente

by | 20, Fev, 19 | Ambientalismo, Ecologia, Sustentabilidade | 0 comments


Parte I: Desenvolvimento, Cidadania e Sustentabilidade.


Dentro da categoria Indústria do Papel, muitas são as empresas que investem em ações sociais e ambientais com programas bem diversificados em diversos setores.


Nas últimas matérias do blog, falamos sobre a Indústria 4.0 e sua responsabilidade social. Citamos algumas características que foram implantadas por grande parte das empresas e hoje são pertinentes ao desenvolvimento da Revolução Industrial 4.0 e desse universo corporativo.


Veja abaixo alguns exemplos de empresas que investem em ações sociais e ambientais com programas bem diversificados.


Para driblar um problema de roubo de madeira em suas plantações, a Fibria detectou que essa situação, além de criar tensão com as comunidades vizinhas, estava sendo ocasionada por falta de investimento e opções em outras atividades econômicas na região.

Para solucionar o problema e auxiliar as comunidades do entorno foi criado o Programa de Desenvolvimento Rural Territorial (PDRT), com estratégias sociais de sustentabilidade, criando engajamento para o desenvolvimento local.

O programa é diferente para cada uma das unidades de suas fábricas e vai de encontro às necessidades de cada região, atingindo hoje mais de 50 comunidades, tendo até algumas áreas da empresa cedidas em regime de comodato para o cultivo e orientação sobre agro ecologia. O resultado disso logo foi perceptível para ambos os lados.

Em 2016, as famílias incentivadas (mais de 5.000 constando no programa) tiveram um aumento significativo em sua renda média mensal e os índices de furto de madeira da empresa caíram em 90% em comparação aos níveis de 2009.



Além do PDRT, a Fibria desenvolve também o Programa de Poupança Florestal, subsidiando pequenos produtores a cultivar eucalipto em suas propriedades como forma de diversificação de cultura e renda nessas áreas. A empresa oferece apoio na estruturação do plantio e transfere a eles tecnologia e conhecimento. Além disso, financia a produção de seus parceiros, cujas dívidas, convertidas em madeira, são quitadas na época da colheita.

Em contrapartida, os fomentados devem estar de acordo com as exigências do Código Florestal Brasileiro em toda a sua propriedade, regularizando suas áreas de cultivo de acordo com essas normas e a legislação estadual. No final, todos ganham.

A empresa, que hoje utiliza 28% do abastecimento de suas fábricas com esses pequenos fornecedores e teve significativa redução de custos no setor de plantio. Os agricultores, que expandiram seus negócios e geraram mais uma fonte de renda e ganha também o meio ambiente, com uma maior conservação através do processo de regulamentação desses produtores.


Sobre este último aspecto também, tanto na empresa quanto nos pequenos produtores, são reservadas áreas de plantio de mudas nativas destinada à restauração de florestas.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são um apelo universal da Organização das Nações Unidas à ação para acabar com a pobreza, proteger o planeta e assegurar que todas as pessoas tenham paz e prosperidade. Criado em 2012, na Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável no Rio de Janeiro, tem o intuito de produzir um conjunto de objetivos que auxilie a suprir os desafios ambientais, políticos e econômicos mais urgentes que nosso mundo enfrenta.

Muitas empresas do setor de papel e celulose em nosso país já atuam em seus programas de sustentabilidade, com ações sociais e ambientais, dentro dessa prerrogativa proposta pela ONU.


É o caso da Klabin, por exemplo. Um de seus programas, o “Nossa Língua Digital”, foi implantado para auxiliar jovens de 13 a 18 anos a aprimorar suas habilidades de comunicação, oral e escrita, tendo o apoio da tecnologia para isso. A iniciativa bem sucedida na unidade de Monte Alegre, em 2009, já foi ampliada para outras unidades.

Entre outros programas, existe ainda a formação de agentes mirins ambientais, desenvolvido em parceria com a Polícia Militar Ambiental do Paraná. Os jovens recebem treinamento teórico e prático sobre preservação da natureza, legislação ambiental, aspectos da fauna e flora locais, primeiros socorros, civismo, moral e ética.


Algumas empresas lançam no mercado produtos com apelo ecológico e sustentável pensando em ações coletivas e para o meio ambiente que acabam se tornando o seu maior diferencial de marketing.

É o exemplo da Papel Semente que, desde 2009, produz papel artesanal, ecológico e reciclado que recebe sementes de flores, hortaliças e temperos durante seu processo de fabricação, para serem plantadas após a utilização do papel. As folhas de papel podem ser usadas para qualquer tipo de comunicação (crachás, flyers, folders, embalagens) e a proposta é que, depois de usado, o papel seja picado em pedacinhos e plantado na terra onde, em 20 dias, as primeiras mudas começam a aparecer.

A ideia pioneira deu tão certo que, grandes empresas como a Coca-Cola, Renner, Bradesco, incluindo outras empresas no exterior, já usaram seus produtos em suas campanhas. Além disso, a empresa também realiza projetos em parceria com outras entidades sobre empreendedorismo, para orientar e transmitir inovação ampliando a visão e maneira de como fazer negócios.


Outra grande empresa do setor de papel e celulose engajada em causas sociais e ambientais é a Suzano. Seus programas abrangem desde um diagnóstico de área onde a empresa atua, auxiliando no processo de desenvolvimento regional em conjunto com líderes regionais e representantes da iniciativa privada, preservando as características culturais locais até valorização e fortalecimento de comunidades indígenas, disseminando a cultura das populações tradicionais em cada região. Seus programas de sustentabilidade seguem com parcerias nas comunidades para orientação e capacitação técnica favorecendo iniciativas de geração de renda como agricultura comunitária, extrativismo sustentável, apicultura e piscicultura.

No setor da educação, a empresa também conta com parcerias com outras entidades como o Instituto Ayrton Senna, além de secretarias regionais de educação para estimular o desenvolvimento escolar e a prática da leitura, inclusive com implantação de bibliotecas comunitárias em escolas municipais.

A Suzano também é a empresa patrocinadora da Universidade do Papel, um projeto inédito na América Latina, idealizado pelo artista Enrique Rodriguez, com sede em São Paulo, que oferece atividades artísticas transformadoras como vivências e projetos sociais, sempre utilizando o papel como matéria-prima.


Diante desses e muitos outros exemplos, uma coisa é certa. No que depender da indústria do papel, os fatores: desenvolvimento, cidadania e sustentabilidade podem encontrar alento e incentivo.


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