Reaproveitamento de Resíduos na Indústria de Papel e Celulose.

by | 7, Nov, 18 | Ambientalismo, Ecologia | 0 comments


Desde a plantação das florestas até a produção de resíduos, o ciclo de produção é feito de maneira sustentável pela indústria de papel e celulose.


Dessa forma, há um grande reaproveitamento de todo o material gerado*; galhos, cascas e outras sobras das florestas plantadas entram na produção da compostagem e voltam para o campo como adubo natural. Os que não são totalmente reaproveitados são direcionados ao aterro industrial. Mas outros resíduos ou subprodutos da celulose são aproveitados pela própria indústria do papel.

A lignina, por exemplo, assim como a produção de alguns gases gerados a partir do processo de cozimento da celulose são reaproveitados como fonte de energia para as caldeiras, que alimentam os rolos aquecidos utilizados no processo de secagem do papel.


Lignina como combustível renovável.

Outro elemento fundamental numa indústria de papel e celulose é a água, utilizada para fazer a massa de fibras que será transformada em papel ( para cada parte de fibra são usadas 200 partes de água) e importante para a  remoção de impurezas através de repetidas lavagens da celulose, a emissão de efluentes em corpos de água pode se mostrar um dos impactos ambientais mais significantes.

No entanto, com os recursos tecnológicos atuais e, em conjunto com as normas legais ambientalistas, o tratamento dos efluentes por esse ramo industrial, tem sido um dos mais ativos.

Todas as indústrias do setor (seja de pequeno ou grande porte) apresentam uma central de tratamento de água, obrigatoriamente. Como são localizadas próximas a rios, de onde utilizam a água, a mesma é tratada antes de ser utilizada no processo de fabricação do papel.

Essa central de tratamento funciona ininterruptamente, recuperando e reutilizando muito dessa água bruta em seu processo de fabricação. Os resíduos dessa reutilização são tratados desde a aplicação de filtros até o emprego de biotecnologia antes de ser devolvido à natureza, para evitar contaminação por algum agente químico utilizado no processo.


Estação de tratamento de água.

As empresas que não possuem uma central de tratamento própria, geralmente direcionam seus resíduos a uma terceirizada, pagando pela coleta desse material e se certificando do correto descarte desses resíduos.

Para que isso possa ser efetivado de maneira adequada, é necessário que as terceirizadas sejam devidamente cadastradas e qualificadas com todas as licenças e documentações necessárias para a execução desses serviços.  Para rastrear seus resíduos em trânsito e se certificar de seu destino, é importante contar com a ajuda de um sistema de monitoramento.

É necessário também que sua empresa obtenha uma autorização específica da Cetesb (o CADRI) para que haja o transporte dos efluentes até a estação de tratamento.

Portanto, é incorreto dizer que a indústria de papel e celulose seja a vilã de maior impacto da qualidade do meio ambiente. As regulamentações atuais não permitem que o setor industrial faça descarte de maneira inadequada, sob a pena de aplicação de multas severas.


Indústria de papel e celulose: um exemplo de ciclo de produção sustentável.

É fato, porém, que mesmo com todos esses cuidados, a indústria de papel ainda produz muitos resíduos que não são 100% aproveitados e reciclados, sendo necessário o seu descarte em aterros sanitários.

Ainda falta para o Brasil o investimento em centros de reciclagem para que se faça uso adequado dos descartes das indústrias em maior escala. Até lá, a indústria de papel e celulose continua com sua produção e responsabilidade ambiental junto à sociedade.


Nota:
* De acordo com a Resolução 003 de 16 de março de 1988 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, “impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas”. Esse potencial de degradação se enquadra também quando falamos dos resíduos gerados pelas indústrias de papel e celulose. Diante disso, as empresas devem se adaptar às demandas que o mundo corporativo e a legislação ambiental exigem. A correta destinação dos resíduos produzidos em todo o processo de produção dos produtos derivados da celulose é uma delas.


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